Missão e Visão

O LIACOM é um novo centro de investigação que tem como matriz científica o campo de estudo das ciências da comunicação, e que pretende desenvolver uma base investigativa de cariz Aplicado e Laboratorial, baseada num ambiente de experimentação, de criatividade e inovação, com forte ligação às pessoas, às organizações, aos territórios e às comunidades.
De raiz politécnica, a visão do LIACOM baseia-se na premissa de que a intersecção e a colaboração multidisciplinar e inter-profissional entre investigadores e especialistas/profissionais (estes últimos, com assento profissional no sector de atividade da comunicação e dos media: jornalistas, publicitários, relações públicas, designers, produtores, markteers, entre outros) podem co-criar, impulsionar soluções de valor acrescentado e transferir conhecimento para o sector dos media e da comunicação, e com ele contribuir para a valorização e progresso do tecido social e económico das regiões e do país.
É da combinação da expertise de investigadores de diferentes áreas disciplinares e com perfis profissionais da área da comunicação; do estabelecimento de uma intricada, coesa e privilegiada rede de ligação e parcerias com associações e empresas; e do importante cunho tecnológico e laboratorial que o LIACOM possui, que acreditamos reunirmos as condições e a massa crítica para assegurar o sucesso do nosso centro de investigação.

↦ Regulamento LIACOM Versão PT

Objetivos

O LIACOM assenta nos seguintes Objetivos principais:

Temas e Pilares

Partindo de uma perspetiva inter e transdisciplinar, o LIACOM agrega investigadores com diferentes formações teóricas e tradições metodológicas, estando organizado em dois grandes eixos científicos. Esses eixos correspondem, classicamente, aos eixos de ensino e investigação que se têm vindo a desenvolver na ESCS-IPL há mais de 30 anos, sedimentando as bases científicas e o conhecimento com raízes teóricas na comunicação, mas que consideramos (algumas delas) estarem sub-representados, sobretudo em Portugal, na área dos estudos em comunicação aplicada. Referimo-nos, por exemplo, à Comunicação Estratégica (Comunicação Corporativa, as Relações-Públicas e Comunicação Publicitária), à Comunicação em Marketing ou à Comunicação Audiovisual e Multimédia.

A primeira, Media, Cultura e Tecnologia, está particularmente direcionada para as seguintes linhas temáticas:

Clima, Território e Sustentabilidade: estudar o papel dos meios de comunicação e dos seus profissionais como elementos centrais na mediação da agenda relativa ao clima e às alterações climáticas, garantindo a sustentabilidade ambiental, social e económica dos territórios e das suas comunidades.

Democracia, Literacia e Cidadania: discutir o papel da literacia mediática, da cidadania ativa e informada para uma sociedade inclusiva, livre e democrática.

Tecnologia e Mediação: explorar como a tecnologia media as relações sociais, as narrativas culturais e a construção da realidade, ao mesmo tempo em que questiona seus impactos e implicações éticas na sociedade contemporânea.


A segunda, Comunicação, Estratégias e Criatividade, está particularmente direcionada para as seguintes linhas temáticas:
Comunicação de interesse público: perspetivar a comunicação com e para as comunidades, desempenhando um papel crucial na promoção do bem-estar coletivo, na participação cívica e no progresso social, como é o caso das questões de saúde, do género, da discriminação, do envelhecimento, da ciência ou do clima.

Dinâmicas e Desafios Organizacionais: abordar os novos desafios, as novas formas de governance, e equilíbrios instáveis entre o sucesso organizacional e o bem comum que as organizações (latu sensus) enfrentam, evidenciando o papel estratégico da comunicação e dos profissionais de comunicação nas organizações, na sua relação com a sociedade, em especial com o sector empresarial e público.

Estratégias, Marcas e Consumo: Analisar o consumo, o consumidor e as práticas de consumo na sua relação com as marcas, enquanto dimensões enquadradas à luz de um quadro social, cultural e comunicacional estratégico próprio.

Direção

Conselho Científico

Maria João Anastácio Centeno (Presidente)
Ana Luísa Canelas Rasquilho Raposo (Coordenadora do eixo de investigação Comunicação, Estratégias e Criatividade)
Fernanda do Rosário Farinha Bonacho
Jorge Domingos Carapinha Veríssimo (Diretor)
Jorge Francisco Martins Trindade
José Manuel Cavaleiro Rodrigues
Pedro Miguel Marques Gomes
Maria José Mata (Coordenadora do eixo de investigação Média, Cultura e Tecnologia)
Sandra Lopes Miranda (Sub-diretora)
Zélia de Jesus Calvário Raposo dos Santos

Assembleia Geral 

António José da Cruz Belo (Presidente)
Sandra Cristina Pereira (Vice-Presidente)
Ana Cristina Antunes (Secretária)

Comissão de Acompanhamento

O Conselho de Acompanhamento Externo desempenha um papel vital na promoção e garantia da relevância e excelência do LIACOM, garantindo uma avaliação independente e especializada sobre as suas atividades científicas. Desempenha um papel determinante no apoio ao planeamento estratégico do centro, na sua monitorização, na produção de recomendações de melhoria, e na produção de feedback independente.

Uma orientação ética está no cerne da agenda de investigação do LIACOM. Este Laboratório coloca os valores e princípios éticos na vanguarda da investigação científica, considerando-os como questões fundamentais para assegurar a credibilidade, legitimidade e confiança na investigação realizada por todos os seus membros.

O LIACOM prioriza os princípios éticos, integrando-os nos seus valores essenciais. Estes princípios, destinados a reger o planeamento da investigação e as abordagens e procedimentos metodológicos neste Laboratório, incluem integridade na investigação, transparência, orientação para o benefício e não causar danos, justiça na distribuição dos benefícios e riscos da investigação, tratamento ético dos participantes e uso responsável dos dados, no que diz respeito à proteção, partilha e abertura dos dados. Os seus princípios e diretrizes éticos observam e estão alinhados com as diretrizes e normas da Comissão Europeia (por exemplo, o Procedimento de Avaliação Ética do H2020) e o código da ALLEA.

Investigadores

Os investigadores são incentivados a adotar e aderir a estes princípios, reconhecendo a sua importância fundamental para manter normas rigorosas na investigação no amplo campo da comunicação. Desde a sua criação, o LIACOM tem estado comprometido com estes princípios, adotando um quadro de investigação e inovação responsável que incorpora considerações éticas nas fases de planeamento e implementação da investigação. Este quadro estabelece uma base de integridade, responsabilidade, sustentabilidade, relevância social e transparência na investigação, visando promover um ambiente positivo, inclusivo e responsável para todos os seus membros e pessoas, grupos ou comunidades com quem possam interagir.

Medidas e práticas éticas adotadas

Para caracterizar melhor a nossa abordagem ética, é relevante abordar as medidas e práticas éticas adotadas no LIACOM.

Relativamente às medidas éticas, estão a ser criados dois mecanismos. O primeiro é um Comité de Ética, destinado a oferecer orientação e aconselhamento a colegas e estudantes conforme necessário, para abordar questões relacionadas com a investigação e fomentar um ambiente de apoio à tomada de decisões éticas. Será implementado um processo claro e transparente para a aprovação ética de projetos de investigação, garantindo que todos os projetos sejam submetidos a uma rigorosa avaliação ética antes do seu início.

O segundo mecanismo está relacionado com a formação e a sensibilização para as questões éticas na comunidade académica. Será desenvolvido um programa de formação ética para investigadores, docentes e estudantes. Os seus conteúdos abrangem as diretrizes éticas da CE, a conduta responsável na investigação, as leis de proteção de dados (como o RGPD) e as considerações éticas específicas na investigação em comunicação.

Adicionalmente, serão desenvolvidas campanhas de sensibilização, para manter as considerações éticas na vanguarda das atividades de investigação. Isto assumirá a forma de um ciclo de Seminários de Investigação Responsável, visando mobilizar investigadores bem como equipas de investigação para uma reflexão e debate aprofundados sobre questões éticas importantes, garantir a consciencialização das normas éticas através de dilemas éticos e disseminar as melhores práticas.

Estritamente articulado e alinhado com os princípios acima mencionados, o LIACOM adotou um conjunto de práticas éticas abrangendo o recrutamento e seleção de participantes, consentimento informado, proteção e privacidade dos dados, gestão de dados (armazenamento, partilha e destruição de dados), envolvimento dos stakeholders, bem como monitorização e avaliação regulares.

Todos os tópicos e projetos de investigação são submetidos a uma análise cuidadosa e rigorosa, para estabelecer e salvaguardar que a dignidade inerente, direitos, segurança e bem-estar sejam assegurados, tanto para investigadores, participantes e colaboradores. O nosso compromisso sublinha uma dedicação firme à conduta ética e à gestão responsável, garantindo que as nossas ações estejam alinhadas com os nossos valores. Uma atenção especial e adesão aos princípios e práticas éticas são dadas quando se lida com tópicos sensíveis no âmbito da comunicação, quando se aborda indivíduos ou populações vulneráveis e quando estudantes de doutoramento ou mestrado estão envolvidos na investigação.

O LIACOM utiliza sistematicamente métodos transparentes e não coercivos para o recrutamento de participantes. A diversidade, inclusão e justiça são práticas éticas usualmente adotadas e mantidas durante o processo de seleção dos participantes de investigação, para alcançar uma representação equilibrada de perspetivas, crenças, atitudes e experiências, minimizar o viés e aumentar a integridade e validade dos resultados da investigação.

Proteção e a privacidade dos dados

A proteção e a privacidade dos dados também são questões primordiais. Uma estrita conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) é visível em todas as atividades de investigação, especialmente aquelas que envolvem dados pessoais. Além de garantir o consentimento informado, que se destaca como uma prática primária e fundamental no LIACOM, foram desenvolvidos protocolos claros e rigorosos para salvaguardar informações sensíveis e proteger o anonimato dos participantes sempre que possível.

As nossas práticas de gestão de dados incluem protocolos robustos para armazenamento, partilha e destruição de dados. Os métodos de armazenamento foram desenhados para serem seguros e proteger a privacidade. Foram adotadas práticas de partilha responsável, uma vez que a abertura através da partilha de metodologias, dados e resultados de investigação pode impulsionar o conhecimento e fomentar a investigação colaborativa. Ao mesmo tempo, estas práticas de partilha respeitam e mantêm as questões de privacidade e confidencialidade. É adotada a destruição sistemática dos dados após um determinado período, para evitar o acesso não autorizado e manter os direitos dos participantes e os padrões de confidencialidade.

Adicionalmente, haverá uma monitorização e avaliação regulares das práticas de investigação, envolvendo auditorias éticas dos projetos de investigação para garantir a conformidade contínua com os padrões éticos do LIACOM. Também será implementado um mecanismo para relatar e abordar preocupações ou violações éticas.

O LIACOM está comprometido em manter uma reflexão e diálogo contínuos com stakeholders, procurando refinar as práticas éticas e enfrentar os desafios e responsabilidades evolutivas da investigação em comunicação num mundo em rápida mudança.

Informação brevemente disponível.

Escola Superior de Comunicação Social, Campus de Benfica do Politécnico de Lisboa
1549-014 Lisboa

Tel: 21 711 90 00

E-mails: liacom[@]escs.ipl.pt

Informação brevemente disponível.